segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Mais do mesmo

Parafraseando o falecido poeta e cantor Renato Russo em sua música "MAIS DO MESMO", estamos em uma situação acadêmica similar à canção. Drogas à parte, nada de novo tem sido feito por qualquer segmento envolvido na educação. Professores desmotivados, alunos praticamente semi-analfabetos funcionais (38% não sabem ler nem escrever direito), excesso de terceirização de técnicos-administrativos, falta de recursos federais para as universidades, métodos de ensino e avaliação ultrapassados e por aí vai...


Está muito difícil para que qualquer um de nós consiga estímulos para enfrentar esta situação, independente do lado que se posicione. Veja um exemplo: qual a forma mais comum de se administrar aulas no ensino superior brasileiro? O professor lança a sua carga de tópicos (geralmente em aulas longas e desmotivantes, com conteúdo pouco prático e em ambiente hostil) e há cobrança de avaliações (três ou quatro teóricas, sem contar o terror das avaliações práticas). Este tipo de ambiente está ultrapassado em método de ensino superior, causando inúmeros traumas para quem está envolvido (eu que o diga, pois são quase 26 anos de docência e três cursos superiores concluídos como aluno). Mas porque ainda insistimos neste esquema???

Como psicólogo e um aficionado da área de educação, penso (e temo) que esta questão é muito complexa e não se resolverá nas próximas décadas. O medo de mudar (o novo é assustador!!!), o comodismo de quem está à frente (mudar para que, se eu estou bem assim???), o despreparo cultural de todos nós (o pior de todos os males) e o controle estatal da educação (educar é perigoso, pois forma cidadãos conscientes) são algumas das facetas envolvidas neste ninho de gatos que é nossa educação superior.


Mas você pode fazer diferente. Um ensinamento que aprendi desde muito cedo (com meu falecido pai, também professor universitário e militar) é não esperar muito das pessoas. Cuidado, não digo que não devemos acreditar, mas sim que devemos criar um mundo de POSSIBILIDADES, não de EXPECTATIVAS. Estas duas palavras são muito diferentes em seus significados, pois caso o fato esperado não ocorra, o indivíduo que menos se frustará é o que moldou possibilidades. Isto faz a diferença em um curso superior.

Por isso, faça a diferença. Crie seu mundo de possibilidades: é possível que eu faça estágio naquela universidade estrangeira; é possível que eu consiga passar naquela disciplina que já repeti duas vezes; é possível que eu aprenda aquela técnica sem a ajuda do professor (já que ele não ajuda muito mesmo); é possível...

Tenho visto e conversado com alunos que, ao montar expectativas do seu futuro acadêmico, se frustraram de tal forma que até largaram o curso. Por isso, se prepare: você será mais forte quando inúmeras possibilidades se contraporem à uma expectativa. É o amadurecimento que se reforça.

Bom retorno às aulas. Não se esqueça que todo o material da disciplina de Semiologia está disponível no site . A senha para download será fornecida na primeira semana de aulas.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Longo e tenebroso inverno...

Olá, pessoas. Apesar de estarmos no outono, o título reflete a correria deste final de semestre. Indo para os "finalmentes", as notas finais de Semiologia estão no SIG. Quem tiver alguma dúvida ou quiser fazer revisões, estarei na minha sala APENAS nesta terça, 22/03/2016, das 09h00 às 11h00. No dia 24/03/2016, fecharei o diário e as notas.


Parabéns a todos que conseguiram vislumbrar o universo da Semiologia Veterinária e sua importância. Como sempre digo, o conhecimento não é passado unicamente pelo educador, mas vocês precisam construí-lo e reconstruí-lo (e porque não destruí-lo???). Assim se faz um profissional competente e crítico. Se houver dependência apenas de conteúdo de aula e apostilas, você se tornará um aluno medíocre (em termos de média).

Para o semestre que vem a Semiologia passará por grandes modificações em seu conteúdo. Mais uma vez, pedi ao Colegiado do DMV que aumente a carga horária da disciplina, pois temos uma das menores cargas horárias da disciplina no país (dentre as universidades federais). Vamos ver no que dá.

Por fim, bom recesso e que possamos, todos, refletir no momento atual que estamos passando, especialmente no campo político. Isso que vemos hoje é o reflexo da nossa inadimplência de ontem. Não adianta apontar o dedo para fulano ou ciclano apenas: a culpa é de todos nós. Que Deus tenha compaixão desta nação (porque, pelo jeito, o diabo já a abraçou de vez...).