quarta-feira, 1 de abril de 2009

Puxa-sacos e bajuladores


Há, na fauna trabalhista, uma série de seres que compartilham o mesmo hábito. No caso dos puxa-sacos, a família é numerosa, com incontáveis gêneros e espécies (sem falar nas variedades, subespécies ou raças, como queiram). O modus operandi deste tipo é característico e evidente, apesar dos outros seres viventes do bioma preferirem ignorá-lo. Mas a natureza é prolífica (e prolixa); há espaço para todos debaixo do sol. Ocupam nichos diversos, especialmente próximos às pessoas de poder. A sobrevivência dessas almas servis é garantida pela complacência do bajulado (saco-puxável), pois sem ela não haveria bajuladores (puxa-sacos).

Resolvi escrever sobre esse tema devido a uma mensagem que recebi aqui no blog. Uma aluna, que teceu elogios ao trabalho profissional deste que vos escreve, ficou preocupada quanto ao conteúdo de sua mensagem, já que eu poderia achar que ela resolver exercer a atividade de puxa-saquismo. Observe jovem neófita, que elogiar não é sinônimo de bajular. Muitos não o fazem justamente por sentir o que você sente. Puxa-saquismo é uma filosofia (?) de vida bem diferente, como tentarei descreverei abaixo.

Puxa-saco é um grafismo brasileiro que substitui outro adjetivo similar: bajulador (vem do latim bajulare, que significa adular servilmente). A origem do termo vem das ordenanças em quartéis que, de modo submisso, carregavam os sacos de roupas dos oficiais em viagem. Ricos são bajuladores; pobres são puxa-sacos. A sinonímia nesse caso é rica, tanto no dito popular quanto na léxica atual: baba-ovo, lisonjeador, adulador, servil e capacho, dentre muitos outros que não é prudente estampar aqui.

Nos outros países, eles estão lá... Só para se ter uma idéia da profusão de nomes que recebem, aí vai: são conhecidos nos EUA como polisher, ass kisser, ass-hole crawler, ball licker; boot licker, brown noser, cajoler, crawler, flatterer, flunkey, lickspittle, sucker up, toady e wheedler; na Alemanha como Kriecher, Kriecherin, Schleimer, Schmeichler, Schmeichlerin, Speichellecker, Speichelleckerin kriechendes e Ungeziefer; na Itália como adulatore, adulatrice, lacchè, leccaculo, leccapiedi, lecchino, lusingatore, lusingatrice, persona servile, ruffiana e ruffiano; na Espanha como adulador, aduladora, cobista, desgraciada, desgraciado, lacayo, lisonjera, lisonjero, pelotillera, pelotillero e persona rastrera; na França como complimenteur, complimenteuse, flagorneur, flagorneuse, flatteur, flatteuse, laquais, lèche-bottes e lécheur; e na Holanda como hielenlikker, hielenlikster, kontlikker, kontlikster, kruiper, kruipster, pluimstrijker, pluimstrijkster, slijmerd, strooplikker, strooplikster, stroopsmeerder, stroopsmeerster, vleier e vleister. Portanto, não pense que ficará livre deles. Caso haja vida fora da terra, certamente haverá um puxa-saco de plantão.

Na cultura nacional temos diversas manifestações a essa classe, como músicas, contos, livros, jornais e até esculturas (!!!). Dá para notar a importância vital dos puxa-sacos na cadeia biológica natural. Músicas como “PUXA-SACO” (uma de Edney & Ednann e outra de Farinha) e “O PUXA-SACO” (Flávio Dalcin & Banda Ouro), apesar de pouco conhecidas pelo público, relatam a realidade de tais criaturas. Até uma das marchinhas mais adoradas pelos sambistas de outrora, trata do assunto: “O CORDÃO DOS PUXA-SACO” (no singular, mesmo). Os puxa-sacos possuem até data comemorativa, que é o dia 13 de setembro. Dados de agências que trabalham com relações humanas apontam que, praticamente, seis entre 10 empresas contam com o famoso puxa-saco.


Aconselho para quem quer se aprofundar mais na matéria puxa-sacologia, verificar o excelente blog de Bianca Rosolem (texto “O PUXA-SACO”, disponível em http://www.paginadois.com.br/textos/puxa-saco.html). Também não deixe de dar uma olhadela no vídeo da professora de língua portuguesa Fernanda Mazza, que explica a origem do nome (em http://www.youtube.com/results?search_type=&search_query=puxa-saco&aq=f).

Por fim, puxa-saco não é só um adjetivo pejorativo, mas também um substantivo que dá nome àquele utensílio doméstico pendurado nas paredes de cozinhas, despensas e banheiros, sendo utilizado, pasmem, para puxar sacos (geralmente de supermercados), acomodar lixo e embrulhar milhões de coisas...

Voltando aos assuntos internos do Diagnóstico por Imagem (DPI), na terça-feira, dia 31/03/09, houve uma reunião que contou com a Coordenadoria da Pós-Graduação do Programa de Especialização em Residência Médico-veterinária do DMV, a Chefia do próprio DMV, a Coordenação do Curso de Medicina Veterinária, a representação discente (CA) e a Pró-Reitoria de Graduação da UFLA. Inúmeros assuntos pertinentes à Residência, ao funcionamento do HV e às aulas de DPI foram discutidos. Ao que nos toca, haverá uma mobilização financeira emergencial do DMV para a normalização das aulas práticas da Graduação. Para a Pós-Graduação, não se chegou a um acordo, ficando a situação praticamente como estava antes. A aquisição de material para a Graduação não será suficiente para tocar a Pós-Graduação. Conversas futuras (e emergenciais, pois o paciente agoniza e corre risco de morte) deverão ser requeridas. No dia 02/04/2009, remeti ao Colegiado do DMV, a relação de material necessário para o bom andamento das práticas. Estou no aguardo de futuras comunicações por parte do DMV. Gastando o parco latim, e como diziam os romanos, etruscos e sabinos: “cuivis dolori remedium est patientia” (a paciência é a cura de todos os males).

A programação da semana fica assim:

GRADUAÇÃO
VET172 (SEMIOLOGIA)
07/04, terça, 07h00 às 08h50, sala 10, teórica, turmas A/B (Sistema respiratório).
07/04, terça, 13h00 às 15h00, Campo, prática, turma A (Mucosas e linfonodos. Sistema respiratório de equinos e bovinos).
08/04, quarta, 13h00 às 15h00, Campo, prática, turma B (Mucosas e linfonodos. Sistema respiratório de equinos e bovinos).
OBSERVAÇÃO: É necessário o uso de avental e estetoscópio para as práticas.
VET174 (DIAGNÓSTICO POR IMAGEM)
06/04, segunda, 07h00 às 08h50, sala 04, prática, turma B (Neoplasias ósseas, osteomielite e DAD).
06/04, segunda, 15h00 às 16h50, sala 11, teórica, turmas A/B (Displasia coxofemoral).
07/04, terça, 09h00 às 10h50, sala 04 prática, turma A (Neoplasias ósseas, osteomielite e DAD).
OBSERVAÇÃO: Não é necessário o uso de avental.
VET180 (CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS)
23/04, quinta, 15h00 às 17h50, sala DMV 01, teórica, turmas A/B (Dermatologia veterinária).
VET221 (CINOFILIA)
04/05, segunda, 09h00 às 10h50, sala 01, teórica, turma A (Introdução à disciplina. Introdução à cinofilia).
VET222 (TÓPICOS AVANÇADOS EM DERMATOLOGIA DE PA)
06/04, segunda, 09h00 às 10h50, sala 22, teórica, turma A (Alergias).

PÓS-GRADUAÇÃO
DMV322 (SEMINÁRIOS EM IMAGINOLOGIA)
09/04, quinta, 09h00 às 11h00, sala 04, prática, turma A (Radiografoteca).
Disciplinas que cursarão com prática in situ (sem cronograma definido)
DMV304 (Prática Radiográfica em Pequenos Animais I) - R1
DMV320 (Prática Hospitalar em Imaginologia I) - R2
DMV324 (Técnicas de Diagnóstico por Imagem em Pequenos Animais I) - R1
PET305 (Dermatologia de Pequenos Animais) - E1
Disciplinas oferecidas no 2º semestre (sem cronograma definido)
ACG312 (Suporte Nutricional para Animais Hospitalizados) - E1
ACG311 (Manejo Alimentar em Condições Patológicas Específicas) - E2
PET307 (Diagnóstico por Imagem) - E2 (marcada para 06/06/2009)
DMV305 (Prática Radiográfica em Pequenos Animais II) - R1
DMV321 (Prática Hospitalar em Imaginologia II) - R2
DMV323 (Seminários em Imaginologia II) - R1
DMV325 (Técnicas de Diagnóstico por Imagem em Pequenos Animais II) - R1
Um abraço para todos e um excelente fim de semana.

Um comentário:

  1. Gostei da primeira imagem!!!!

    Mais que texto longo em!!! Quase durmi, igual nas aulas! hahahaha poderia ter uma síntese antes!!!

    Abracetas!!!

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