segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Bonés e Alergias

Boné. Segundo o irretorquível Aurélio, refere-se à peça de vestuário para a cabeça, de copa redonda, com uma pala sobre os olhos. No Brasil, o termo é usado apenas na Marinha; no Exército e na Aeronáutica, usa-se quepe. Trata-se de peça fundamental nas forças armadas, além de fazer parte do vestuário básico de todo trabalhador que milita abaixo do astro-rei. Porém é inútil sob os tetos de um ambulatório clínico de pequenos animais, de uma sala de aula ou de uma sala de cirurgia (!!!). Tento explicar isso aos meus alunos, mas parece que o que falo é puro preconceito, e eles insistem em usar tal utensílio. Para o veterinário que irá trabalhar no campo, independente de qual seja sua atividade, o boné é peça tão (ou mais) fundamental quanto o canivete. Mas me digam: o que um clínico de pequenos animais vai fazer com um boné no momento de uma consulta de um cão ou gato? Para esse futuro profissional, a imagem vendida é fundamental. Quer um exemplo? Imagine você entrando em uma sala de um famoso médico e de repente... Lá está ele portando um boné (e o pior, com propaganda de uma empresa que nem sequer lhe paga para fazer isso - ou paga, sei lá...). Pensem nisso antes de me criticarem quando não permito o uso dos bonés, chapéus e similares em atividades como as que citei anteriormente. Ou melhor, depois de formado, pergunte a um cliente o que ele acha do seu boné vermelho surrado (mas antes cobre a consulta)...
Sugestão de leitura científica: Esta semana minha indicação não vai para um artigo, mas sim para um site. Todo a página é interessantíssima, especialmente para aqueles que querem entender melhor a imunologia e para os dermatologistas preocupados com reações de hipersensibildade. Trata-se do sistema Online Learning da McGraw-Hill, editora conceituadíssima na área científica em todo o mundo.

Os links são:
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072556781/student_view0/chapter33/animation_quiz_2.html
(Hipersensibildade do tipo I ou mediada por IgE)
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072556781/student_view0/chapter33/animation_quiz_5.html
(Hipersensibilidade do tipo II ou citotóxica)
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072556781/student_view0/chapter33/animation_quiz_3.html
(Hipersensibilidade do tipo III ou formadora de imunocomplexos)
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072556781/student_view0/chapter33/animation_quiz_4.html
(Hipersensibilidade do tipo IV ou tardia)
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072556781/student_view0/chapter33/animation_quiz_1.html
(Como são feitos os testes de Elisa)
Reparem que os filmes são todos narrados em inglês, mas mesmo para aqueles que possuem apenas noções básicas da língua (tipo assim: the book is on the table), acredito que se dará bem. Vale à pena conferir o capricho das animações.Que todos tenham um bom carnaval. Se dirigir, não beba. Se beber, me chame!!!

4 comentários:

  1. Ainda bem que na minha época podia usar boné nas aulas!!

    Faltou cita que o boné é um utensílio essencial para alunos que dormem em salas de aulas, pois diminui a luminosidade no olhos, ou ainda pode ser usado como uma almofada sobre o braço.

    Falo isso somente atraves de observações que realizei na minha graduação e nunca em por experiências próprias. está ai o Cacá que não me deixa mentir!!!

    ahahahahahahah

    PS: Cacá, segundo as novas normas de escrita, agora o Cacá = caca???

    hahahahhahahahahahah

    Salán

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  2. Engano seu, curioso neófito. A palavra "Cacá" mantém a grafia original por dois motivos básicos: inicialmente por ser uma oxítona que não está sob jurisdição do NAOLP - a regra pegou pesado para as oxítonas terminadas em éis, éu(s) e ói(s) - e depois por ser um substantivo de denominação pessoal, que pode ser grafado de acordo com a vontade do indivíduo, sem seguir regras de acentuação (é o caso de Luís, Luis, Luiz e Luíz). Para completar, "caca" e "cacá" são sinônimos quando se referem a sujidades, excremento e por aí vai (substantivos femininos). A regra quanto ao nome próprio não se aplica aqui.

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  3. Bom!!!!
    primeiramente me desculpe mas ainda acho q e mais preconceito seu!!!
    e a mesma coisa de quem trabalha com pequenos usar branco o dia inteiro mesmo sem trabalhar na clinica, e tambem voce cita sobre local de trabalho nao da pra usar roupinha branca todo dia trabalhando no campo (com grandes)!!!

    CaCá deixa de ser preconceituoso vai!!!
    mais do q usar bone em sala de aula ou nao vc tem q ver q e tambem um habito!!!!

    rsrsrsrsrsr abração

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  4. Caro Elton. Concordo que o hábito realmente faz o monge (literalmente). No meu caso, utilizo a roupa branca todo o dia, não por dar aula de Semiologia ou Diagnóstico (ela até atrapalha e suja muito), mas também por fazer atendimentos nas áreas de dermatologia e otologia no Hospital, além de auxiliar os Residentes em suas consultas. Agora, imagine você se eu tiver que trocar de roupa toda vez que me chamarem para um atendimento clínico. Teria que manter um guarda-roupa em minha sala (e olha que há espaço para isso). Mas o boné, no contexto de um Hospital de Pequenos Animais, é um item tão essencial quanto uma bengala para se assistir um filme, ou seja, não tem nada a ver. Não é preconceito, pois eu mesmo uso boné a maior parte do tempo quando estou viajando (hoje mesmo voltei de BH com um encaixado em minha calva). Mas no meu ambiente de trabalho, isso é mais que preconceito: é questão de conduta e imagem profissional. De qualquer forma, o pensamento é livre e eu respeito o que você coloca, mas discordo em seu conteúdo. Abraços (sem boné).

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